Uma das vertentes mais importantes envolvidas na origem desta patologia é o comprometimento da célula elementar e fundamental de toda estrutura social, a família. A desagregação deste pilar de sustentação, representa hoje um dos fatores mais importantes para que se crie o terreno propicio onde vão crescer o consumo de álcool, drogas e violência que este fenômeno gera. Na verdade este pequeno território é nosso campo de treinamento como seres humanos, por ele somos parcialmente moldados e assim condenados ou salvos.
Seria importante a transformação e multiplicação de afetos, deixar de lado nosso egoísmo na busca de maturidade e equilíbrio. Por que somos imperfeitos podemos melhorar, aprender novas formas de convívio e amor, superar a servidão do corpo e da alma ao quebrar pedras e abrir caminhos, talvez construir castelos na luta para se libertar do álcool ou de qualquer outra droga.
Precisamos estabelecer limites, romper com a perplexidade, reavaliar nossa negligência em uma questão que pode acionar sem que a gente queira ou espere, os gatilhos da tragédia e da morte, afinal cada um de nós compõe sua história e cada ser em si carrega o dom de ser capaz e ser feliz. No alcoolismo fármacos como a “naltrexona” e o “acamprosato” são úteis, mas na verdade funcionam apenas como coadjuvantes de um tratamento bem mais profundo que envolve a luta pessoal contra a aflição da alma pela bebida.